História de Américo Brasiliense

História de Américo Brasiliense
Por: Davi Marques Pastrelo 

A origem das cidades de Américo Brasiliense e Santa Lúcia foi a Sesmaria do Rancho Queimado, desmembrada da Sesmaria do Ouro. Comprada por Germano Xavier de Mendonça de Veridiana Duarte Novaes, freira do convento de Itu em 1854, Rancho Queimado teve como seus primeiros moradores a família de Germano e de Martimiano de Oliveira, mais tarde vieram as famílias de Manoel Antonio Borba e do coronel Américo de Toledo Pizza.

Entre 1830 e 1860 houve a expansão do pastoreio em direção aos rios Grande e Moji-Guaçu. Com um número grande de imigrantes chegando à região houveram vários conflitos por posses de terras.Mais tarde teve início a lavoura de cana.

Quem foi Américo Brasiliense: O nome da vila de Américo Brasiliense foi dado por Manoel Antonio Borba, homenageando seu amigo republicano, Américo Brasiliense de Almeida e Mello. Nascido em Sorocaba, em 8 de Agosto de 1833, Américo Brasiliense foi político, jurisconsulto e escritor. De tendências abolicionistas e republicano, faleceu em Guanabara, Rio de Janeiro em 25 de Março de 1896.

A chegada da ferrovia em 1892, depois de quase 40 anos da chegada das primeiras famílias à vila, foi um marco para Américo Brasiliense. A ferrovia construída em grande parte com dinheiro dos produtores de café, passava a integrar agora a vila às demais regiões do estado.

A principal atividade econômica do povoado era a produção de café e de hortifrutigranjeiros, a Fazenda Etrúria, de propriedade de Vicente Puchanti, era uma das principais da vila.

Embora possuísse muitos problemas de saneamento básico, em 1895 com a notícia de que a epidemia de febre amarela havia atingido a Araraquara, muitas pessoas começaram a se mudar para Américo Brasiliense e para fazendas e povoados próximos.
Órgãos admistrativos e públicos também se instalaram lá, estes foram os casos da Câmara Municipal de Araraquara e de cartórios, nesse período foram construídos casas, bancos, cartórios, escritórios de advocacias, empresa telefônica e casas comerciais.

Rua 9 de julho em 1910

No ano de 1914, Américo já contava com cerca de 90 casas, com luz elétrica e água encanada, duas escolas e ruas arborizadas. Possuía um centro comercial que contava com farmácias, restaurantes, hotéis, relojoaria, padaria, cervejaria, sapataria, barbearia, armazéns de secos e molhados, ferrarias, açougues, casa de máquina de moer café e arroz, e profissionais liberais, como médicos e dentistas. As principais ruas eram a rua Botafogo, hoje Nove de Julho, a avenida da Saudade, hoje Tereza Marsili e a Manoel Borba.

Grupo Escolar em 1910

Em 1922 os imigrantes italianos fundaram o Americano futebol Clube, o clube mais antigo da região, A origem das cores do time foi inspirada nas cores da bandeira italiana. O clube contava com campo de futebol próprio, que ficava próximo à fabrica metalúrgica existente na cidade.

A cidade se transforma em distrito de paz de Araraquara em 20 de novembro de 1922. Após conquistar sua autonomia política, a cidade cresceu em todos os setores sociais. Na década de 80 a população da cidade girava em torno de 12 mil habitantes, hoje são quase 30 mil habitantes.

A emancipação política de Américo Brasiliense se deu em 1963, através da realização de plebiscito entre os moradores. Os mesmos, satisfeitos com a vitória quase unânime, saíram às ruas para comemorar. Em 1964, ocorrem as primeiras eleições, com dois candidatos concorrendo ao cargo de prefeito.

Em 21 de março de 1965, foi instalado o município de Américo Brasiliense, sob a presidência do Senhor Doutor Francisco Loffredo Junior, Juiz de Direito da 1ª Vara e Diretor do Forum da Comarca de Araraquara.

Fotos: Prefeitura Municipal de Américo Brasiliense.