sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Prédio da Colombo vai custar R$ 30 milhões ao município e Fulvio propõe audiência pública para rever desapropriação


Prefeito afirma que foi feito um ‘mal acordo’ e espera encontrar uma saída para essa ‘sangria desatada’.


O prefeito Dr. Fulvio Zuppani propõe uma audiência pública para rever a desapropriação da indústria Colombo, cujo acordo judicial vai custar ao município algo em torno de R$ 30 milhões. “Foi um mau acordo para o município, que hoje sofre por falta de investimentos”, afirmou. “Será que é importante a cidade arcar com um ônus desse tamanho”, questiona. 

Segundo o prefeito, a população tem de participar mais da vida pública e tomar ciência da situação vivida pela Prefeitura com relação aos seus precatórios. “O acordo para a compra da Colombo é legal, mas não é tão moral”, afirma. “Eu acredito que o povo deve estar sabendo onde está indo o seu dinheiro”.

Fulvio disse que pretende realizar uma audiência pública já no início de 2014 para tratar do assunto. “Nós temos a posse, mas não temos a propriedade ainda, por isso, acho que é muito importante a gente resolver se devolve o terreno ou não. Nós vamos convocar uma audiência pública para mexer nessa ferida”, disse. Segundo ele, o município já pagou cerca de R$ 6 milhões pela desapropriação e continua pagando R$ 200 mil ao mês pela dívida, num total de 100 parcelas. “É uma sangria desatada”, afirma. 

Para o prefeito, esse pagamento mensal das parcelas do acordo judicial é prejudicial ao município. “Taquaritinga tem a oportunidade de dobrar seu investimento, que hoje é de cerca de R$ 200 mil ao mês. Se não tivéssemos que pagar esse mau acordo, nós dobraríamos a capacidade de investimentos e poderíamos recapear 40 quarteirões por mês”, ressalta. “Nós temos de ter o apoio da população para tentar achar uma saída para essa sangria desatada”. 

A desapropriação

A indústria Colombo, atual Metalúrgica Carron, na Praça Santos Dumont, foi desapropriada em 1997 pelo ex-prefeito Sérgio Salvagni, no seu segundo mandato. Os custos da desapropriação foi muito questionado à época pelo ex-vereador Chigueo Kamada, que já antevia prejuízos financeiros aos cofres públicos.

Em 2009, a Justiça da 1ª Vara de Taquaritinga suspendeu o processo de desapropriação do imóvel, com base em ação popular movida pelo advogado Álvaro Lopes. Pelo acordo firmado pelo prefeito Paulo Delgado com advogados da empresa, o município pagaria cerca de R$ 8 milhões, divididos em 100 parcelas, de uma dívida inicial de pouco mais de 1,6 milhão. "Trata-se de um acordo absurdo", afirmou na oportunidade o advogado. Álvaro Lopes queria inclusive que fossem ajuizados civil e criminalmente os responsáveis pela negociação.



Fonte:http://www.tribunataquaritinga.com.br/noticia/13590/colombo-vai-custar-r-30-milhoes-ao-municipio-e-fulvio-propoe-audiencia-publica-para-rever-desapropriacao





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