Guilherme Longo foi ouvido por mais de três horas, mas manteve a mesma versão que já havia passado à polícia; clique para abrir galeria (Foto: Mauricio Glauco / EPTV)
Após passar 3h30 prestando depoimento na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Ribeirão Preto, o padrasto do menino Joaquim, Guilherme Raymo Longo, voltou a negar que tenha matado o menino de três anos e ainda informou que não era violento com a mãe dele, Natália Mingoni Ponte.
Ao delegado responsável pelo caso, Paulo Henrique Martins de Castro, o acusado disse ter autoaplicado 30 doses de insulina consecutivas em uma recaída com drogas. “Ele informou ter consumido o medicamento para tentar evitar uma crise de abstinência de cocaína. Não aplicou qualquer dose no menino”, disse o advogado de defesa, Antônio Carlos de Oliveira.
Guilherme defendeu-se das acusações feitas por Natália no dia anterior. “Jamais ele agrediu a esposa ou ameaçou matá-la. A polícia precisa investigar sob quais circunstâncias ela fez estas afirmações para ter certeza de sua veracidade. Ele aplicou o medicamento após trocar um celular por quatro cápsulas de cocaína. Quando acabou, sentiu que precisava de mais doses”, garante Oliveira.
O advogado de defesa confirmou que deve entrar com pedido de revogação da prisão do cliente ainda hoje, visto não acreditar que seja necessária para a continuidade dos inquéritos policiais. “É preciso checar outras linhas de investigação. O Guilherme tem colaborado com as autoridades e continuará o fazendo. Não há nada para esconder”, finalizou o representante legal.
Guilherme deixou a delegacia pela saída lateral por volta de 19h20, sob o grito de “assassino”. Cerca de 20 populares presentes ao local deram socos e pontapés na viatura onde ele estava.
Defesa fala em sequestro
Guilherme Longo sustenta a versão de que o menino Joaquim foi sequestrado antes de ser atirado ao córrego. No depoimento, o principal suspeito repetiu ter visto um carro branco com um garoto parecido com Joaquim próximo à sua casa, no Jardim Independência.
“Acho que a polícia necessita ser mais incisiva em levar tais fatos em consideração. Somente vejo meu cliente como suspeito e tenho convicção em sua inocência. Onde estão as diligências para se apurar isto?”, questionou Antônio Carlos de Oliveira.
Segundo o mesmo, a DIG não possui provas suficientes para incriminar o padrasto. “Os laudos não estão prontos, as perícias não foram concluídas e o sexames necroscópicos estão pendentes. Não poderia ter sido feito [a prisão] dessa forma”, complementou.
O delegado responsável pelo caso, Paulo Henrique Martins de Castro, não comentou as declarações do advogado.
Antônio Carlos de Oliveira diz que não há motivo para prisão; clique para abrir galeria (Foto: Milena Aurea / A Cidade)
Advogado vai pedir revogação de prisão
A defesa de Guilherme Longo vai entrar com o pedido de revogação da prisão do suspeito pela morte de Joaquim, pois acredita que a juíza da 2ª Vara Criminal do município, Isabel Cristina dos Santos, tem uma visão diferente do plantonista de domingo, Cássio Ortega de Andrade, juiz que assinou a prisão de Guilherme e da mãe de Joaquim, Natália Ponte.
“Tive acesso a toda documentação e farei este pedido hoje [quinta-feira, dia 14]. Quero o Guilherme fora da prisão por não haver acusações formais contra ele”, disse o advogado Antônio Carlos de Oliveira. A prisão foi concedida na noite do último domingo e é prorrogável por mais 30 dias, caso a investigação necessite de mais tempo e Justiça dê o aval.
Guilherme está sozinho em uma cela
Guilherme Raymo Longo esteve os últimos três dias em uma unidade na cidade de Barretos, mesmo local onde o corpo de Joaquim foi encontrado. Porém, o delegado responsável pelo caso negou que o suspeito tenha sido agredido neste período.
“Não procede. Ele está sozinho em uma cela especial para prisioneiros temporários. Não houve nenhum tipo de violência contra ele”, confirmou.
O advogado de defesa do padrasto também negou que o casal tenha se separado durante a segunda gravidez de Natália por conta de agressões de Guilherme. “Todo casal briga, isso é comum, porém, essa separação ocorreu porque ela achou por bem passar um tempo na casa dos pais. Ele jamais levantou a mão para ela”, diz Antônio Carlos de Oliveira.
Fonte:http://www.jornalacidade.com.br/noticias/policia/NOT,2,2,899726,Padrasto+nega+envolvimento+na+morte+de+Joaquim+apos+mais+de+5h+de+depoimento.aspx
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