sábado, 24 de agosto de 2013

Terapia comportamental individual, casal ou em grupo. Por que fazer?

Ana Paula Schneider - Psicóloga

A terapia comportamental é aplicada a toda gama de problemas humanos, tanto para o autoconhecimento como pra conflitos interpessoais; preocupa-se tanto com que as pessoas fazem quanto com o que elas sentem e é acima de tudo, um processo de aprendizagem sobre você mesmo e como desenvolver novos comportamentos. É a forma de aumentar sua capacidade de agir da forma que você quer agir.

O terapeuta deve possuir empatia, interesse pelo paciente, calor humano e ter conhecimento teórico e técnico; ele deve além de ouvir, analisar e interpretar o que o paciente lhe diz, prestar atenção nos eventos ambientais antecedentes para explicar o que esta pessoa faz e o que sente quando faz alguma coisa, isto é, ele ensina estratégias de comportamento que poderão produzir mudanças na vida de seus pacientes. Para cada sentimento existe alguma situação que ocorreu anteriormente que provocou este estado. A terapia comportamental se interessa por essa situação anterior, e assim promove as mudanças para ajudar esta pessoa a superar suas dificuldades, ajudará o paciente a compreender-se, entender porque faz o que faz e encontrar caminhos para fazer as coisas de modo diferente e melhor. É um momento onde poderá “limpar” as influencias negativas e ajudará a encontrar uma forma de ser apenas você mesmo, ou seja, não ter suas ações contaminadas por medos e ansiedades e outras influencias.

A terapia comportamental leva em consideração o lado operante em toda emoção, como por exemplo o medo não é só uma resposta das glândulas e dos músculos, mas também uma paralisia e um comportamento de afastamento do objeto temido. O lado operante da raiva é o impulso em causar dano a alguém e um impedimento em ser agradável com a pessoa que lhe provocou raiva.
 
Outro ponto importante da terapia comportamental é que ela nos mostra que um comportamento tem mais probabilidade de ser repetido quando a pessoa recebe um reforço positivo. Quando dizemos que fazemos alguma coisa “com a intenção de produzir um dado efeito”, estamos atribuindo nosso comportamento a alguma coisa localizada no futuro, mas o comportamento deve-se mais ao que aconteceu no passado do que ao que vai acontecer no futuro.

O terapeuta comportamental fará a análise funcional, ou seja, entenderá em função do que o comportamento do cliente está baseado.

O psicoterapeuta ajudará o paciente a entender que o comportamento que ele quer mudar foi estabelecido pelas consequências e sempre terá uma função em sua vida, mesmo que este comportamento seja inadequado.

Por exemplo, um paciente que queira deixar de ser introvertido e passar a ser mais espontâneo e participar da vida social e profissional com mais eficiência. A terapia comportamental o ajudará a ver que este comportamento introvertido tem uma função em sua vida, provavelmente o protege de retaliações, imaginárias ou não, por parte das pessoas que não o aceitariam com uma atitude mais extrovertida.

O terapeuta comportamental descobrirá porque este comportamento indesejado foi iniciado e também o que o mantém.

Para esta analise o terapeuta considerará a história de vida do paciente, seu momento atual e sua relação com o psicoterapeuta. Ele fará perguntas ao paciente que ajudarão o paciente a entender a relação entre seu modo de agir e os eventos anteriores que controlam seu comportamento.

0 comentários:

Postar um comentário