Guilherme Longo volta a se declarar inocente e ainda diz que polícia não tem provas.
Guilherme Longo fala a repórter da EPTV, em Barretos; clique para assistir ao vídeo (Foto: Reprodução / EPTV)
Guilherme Longo, padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, disse nesta sexta-feira (13) que a Polícia Civil não tem provas para indiciá-lo como autor da morte do menino.
Ele está preso temporariamente na Delegacia Seccional de Barretos desde o dia 10 de novembro, quando o corpo de Joaquim foi encontrado no rio Pardo.
Nesta sexta, ao voltar para a prisão, ele deu uma entrevista à EPTV, onde reinterou sua inocência.
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“Não existe prova nenhuma. Tanto é que a polícia não encontrou nada, né? Se tivesse alguma prova, eles já teriam encontrado”, afirmou.
De acordo com o único suspeito apontado pela polícia, os laudos que tiveram os resultados divulgados reforçam o que a defesa apresentou até agora.
“Eu não fiz nada. A verdade é que eu sou inocente. Os laudos dizem que não tem agressão, que não tem insulina, que não foi injetado droga. Tudo o que a imprensa estava divulgando está sendo comprovado que é mentira pelos laudos”, afirma.
Indagado sobre os depoimentos de Natália Ponte e a declaração de que a psicóloga acredita que ele possa ter matado Joaquim, Longo disse que não se trata de uma acusação. “A Natália não está me acusando. Ela tem desconfiança”, diz.
Natália está solta desde a última quarta-feira, após a Justiça dar liminar no pedido de habeas corpus impetrado pelo advogado Francisco Ângelo Carbone, que não representa a mãe de Joaquim no caso.
Desde que saiu da cadeia, Natália ainda não falou com a imprensa, mas em depoimentos à polícia ela afirmou que Guilherme era violento e ainda tinha ciúmes do pai de Joaquim, Artus Paes.
O delegado responsável pelo caso, Paulo Henrique Martins de Castro, disse que não deve mais pedir a prisão de Natália e que tem provas para indiciar Guilherme.
Delegado diz que fim de inquérito está próximo
O delegado Paulo Henrique Martins de Castro voltou a afirmar que falta só a chegada de alguns laudos para a conclusão do inquérito policial. Entre as conclusões periciais que faltam estão de DNA, das canetas de aplicação de insulina e da reconstituição do crime. Castro teve acesso nesta sexta ao laudo de perícia do computador pessoal de Guilherme e Natália. “Eu ainda não tive tempo de ver, mas esse laudo já chegou”.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os institutos de perícia tem o prazo de 30 dias para enviar cada laudo à equipe de investigação. O laudo da reconstituição do crime, por exemplo, tem até o dia 22 de dezembro para chegar até Castro.
Delegado Paulo Henrique Martins diz que Guilherme será acusado por assassinato (Foto: 06.nov.2013 - F.L.Piton / A Cidade)
O delegado, por sua vez, tem até o dia 6 de janeiro para concluir as investigações, 60 dias após a abertura do inquérito policial.
Liberdade à Natália é justa, diz Longo
Guilherme Longo acredita que a justiça foi feita ao saber que Natália deixou a cadeia de Franca. O padrasto e a mãe de Joaquim foram presos no dia em que o corpo foi encontrado, no dia 10 de novembro. Natália deixou a prisão na última quarta feira (11). Guilherme ainda aguarda a decisão final do pedido de habeas corpus.
“Ele diz que foi feito a justiça e que espera que também seja feita com relação a ele”, disse nesta sexta o advogado de Guilherme, Antônio Carlos de Oliveira.
Ainda de acordo com o advogado, o padrasto de Joaquim entende que Natália estava presa injustamente. A psicóloga, ao contrário, admitiu em depoimento no mês passado acreditar que Guilherme seja o autor do crime que acabou com a morte de seu filho. “Sim, acredito que Guilherme matou o Joaquim”, disse Natália no documento oficial assinado por ela e pelo delegado responsável pelo caso, Paulo Henrique Martins de Castro.
Sumiço na zona Norte
O menino Joaquim Ponte Marques, de três anos, sumiu de uma casa no Jardim Independência, na zona Norte, no dia 5 de novembro. Ele foi encontrado morto no dia 10, no rio Pardo, já em Barretos.
A polícia acredita que o menino foi morto com uma superdosagem de insulina, possivelmente aplicada por Guilherme, que teria jogado o corpo de Joaquim em um córrego do Tanquinho, próximo a casa da família.
Fonte:http://www.jornalacidade.com.br/noticias/policia/NOT,2,2,908808,Nao+vou+confessar+porque+nao+fui+eu+diz+padrasto+de+Joaquim+em+entrevista.aspx
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