Da redação
Foram 5 famílias, totalizando 22 pessoas mortas nos últimos dias, todas com suspeitas relacionadas ao suicídio. O que leva uma pessoa a atentar contra a própria vida e a de seus familiares. Este com certeza é um problema social, muito presente em vários países do mundo, como o Japão que possui um dos maiores índices de suicídio do planeta e teve que se reformular em vários setores da sociedade, para não entrar em colapso.
O Repórter Gazeta foi a um profissional de psicologia, para entender o que leva famílias a se destruírem desta forma tão macabra.
Profissional em psicologia e especialista em comportamento humano, Ana Paula Schneider responde a questões que nos leva a pensar, porque nos cobramos tanto, a ponto de cometer suicídio.
Segundo Ana Paula, chamamos de suicídio a ação pela qual uma pessoa acaba com sua própria vida, esta é uma conduta autodestrutiva e é quase impossível de prevenir.
A profissional ressalta que, quando uma pessoa tem a intenção de se suicidar, não procura distrações ou prazeres. Sua única intenção é acabar com o seu sofrimento, porque não consegue ver uma luz no fim do túnel ou possíveis saídas para seus problemas.
Vale ressaltar que as tentativas de suicídio equivalem a um "pedido de socorro" inconsciente, pois a maioria das pessoas com ideias de morte, comunica seus pensamentos e intenções suicidas, direta ou indiretamente aos amigos, familiares, colegas de trabalho. Elas, frequentemente, dão sinais e fazem comentários sobre “querer morrer ou sentimento de não valer pra nada”, e assim por diante. Todos esses pedidos de ajuda não podem ser ignorados.
São quatro os sentimentos principais de quem pensa em se matar. Todos começam com “D”: depressão, desesperança, desamparo e desespero (regra dos 4D). Por isso é necessário controlar de perto as pessoas que se valem desse tipo de ação, pois a tendência é repeti-la, com risco de chegar ao suicídio consumado.
Psicologicamente falando, podemos dizer que a causa pode ser a sensação de abandono, que provoca nesse indivíduo uma animosidade agressiva contra o mundo, só que ele dirige essa agressividade contra si próprio.
É importante destacar, todavia, que 98% dos pacientes suicidas consumados, apresentavam algum transtorno de origem psicológica, tais como depressão, transtornos de personalidade, ansiedade, esquizofrenia, dinâmica familiar conturbada, impulsividade, agressividade, humor lábil, perdas, problemas financeiros, etc.
Um exemplo a ser dado, seriam as situações de surtos psicóticos que são mais comuns do que se pensa. Durante um surto psicótico, a pessoa perde a noção de realidade e apresenta pensamentos desconexos. Na maioria dos casos, o surto é típico de pessoas com propensão a algum transtorno mental. Contudo, nada impede que qualquer pessoa tenha alterações psicológicas e apresentem sintomas de um surto.
A pessoa pode ter fortes consequências, mesmo que o tempo do surto tenha sido pequeno, pois nestas condições ele não poderá tomar decisões importantes, devido aos seus delírios. Podemos tomar como exemplo, essa onda de assassinatos e suicídios que vem acontecendo no estado de São Paulo, como no caso do menino Marcelinho Pesseghini, a mãe que matou os 2 filhos estrangulados por causo de dinheiro, amante que sequestra e mata o filho do “amado” por ciúmes, famílias sendo envenenadas e um desabafo, “não consegui cuidar dos meus filhos”. Dramas como esses, estão se tornando a cada dia mais comum de se assistir nos noticiários.
A busca de uma solução para este estado mórbido de consciência, é a própria conscientização de que tudo pode se revolver, quando se busca um equilíbrio interior.
Quando se conhece o "adversário", através do autoconhecimento e do auto-equilíbrio, é possível enfrentar situações que momentaneamente possam parecer insolúveis.
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