Ministério Público Estadual conclui o maior mapeamento do crime organizado do País.
Após três anos e meio de investigação, o Ministério Público Estadual (MPE) concluiu o maior mapeamento sobre o crime organizado do País. Após analisar escutas telefônicas, documentos e depoimentos de testemunhas, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) finalizou a investigação sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC), com 175 líderes denunciados e apreensões de armas, munições e drogas.
Entre os investigados pelo Gaeco está o comerciante de Araraquara, Grauber Compri, vulgo “Da princesa”, de 34 anos. Sua ficha criminal é extensa e traz crimes como tentativa de homicídio, tráfico, formação de quadrilha, porte ilegal de arma e extorsão mediante sequestro. Compri está preso na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, com outros integrantes do Primeiro Comando da Capital.
Uma cópia da denúncia, obtida pelo jornal A Cidade, de Ribeirão Preto, mostra conversas do araraquarense com o traficante ribeirão-pretano Almir Rodrigues Ferreira, 35 anos, o “Nenê do Simioni”. Ele era um dos elos da facção com fornecedores de droga do Paraguai e é o sétimo líder a ser identificado com ramificações em Ribeirão Preto.
Em uma conversa registrada em 16 de abril de 2011, Compri, ainda em liberdade, liga para Nenê dizendo que lhe enviou uma carta falando sobre o sobrinho de um coronel, que tem uma aeronave para vender.
Na conversa, Compri afirma: “Um cara que tem uma boa estrutura, tem três asas [aviões], inclusive deixa junto com o do ‘seu pai’ [padrinho de Almir]. O tio do cara é Coronel. Se você tivesse o motorista [piloto], ele venderia um para mim (sic) pra pagar em um ano.”
Nenê então responde que “tem dois motoristas [pilotos] e tem os caras do chão [onde chega a droga]”. Da Princesa pede então que ele analise a carta com carinho e dê um retorno.
Em Araraquara
A última ocorrência envolvendo Compri em Araraquara foi registrada em setembro do ano passado. Ele e um técnico de 27 anos foram presos pela Polícia Militar com duas caminhonetes, que seguiam na contramão, em uma avenida do bairro Quitandinha, com os faróis desligados.
Ao terem a caminhonete revistadas, foram encontrados R$ 170 mil, R$ 100 em cédula falsa e o equivalente a R$ 34 em moeda paraguaia.
No veículo, também foram encontrados aparelhos de comunicação via satélite, celulares, smartphones, além de 22 latas cortadas de cerveja com material inflamável e um farolete. A suspeita é de que o material seria utilizado para auxiliar no pouso de aeronaves em uma pista clandestina.
Eles foram indiciados por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ontem, a Secretaria da Segurança Pública anunciou a criação de uma equipe especial de corregedores para apurar os indícios de colaboração de policiais corruptos com criminosos do Primeiro Comando da Capital (PCC). As corregedorias das polícias Civil e Militar participarão do grupo de investigação interna.
Fonte:http://www.jornalacidade.com.br/noticias/policia/NOT,0,0,891022,Araraquarense+e+investigado+como+um+dos+lideres+do+PCC.aspx
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